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O Large Hadron Collider, instalado na fronteira franco-suíça, vai ser desligado até ao próximo ano devido à fuga de uma tonelada de hélio líquido. Partes da super máquina aqueceram até aos 100 graus centígrados e os bombeiros foram forçados a intrevir
A fuga aconteceu a 19 de Setembro. O hélio servia para arrefecer os ímanes responsáveis pela aceleração de partículas, e a sua fuga levou cerca de uma centena destes magnetos a aquecerem até aos 100 graus centígrados.
Em circunstâncias normais, os ímanes deviam estar submetidos a uma temperatura de 271 graus negativos para poder gerar os poderosos campos magnéticos necessários à experiência.
Os bombeiros destacados no CERN, laboratório europeu de pesquisa nuclear, foram forçados a intrevir para baixar a temperatura no túnel circular de 27 quilómetros.
O CERN afirmou em comunicado que «em nenhum momento houve vidas em risco». O laboratório revela agora que a máquina vai ser desligada e que serão necessários vários meses para investigar o que falhou no LHC e para garantir o seu funcionamento em segurança.
«Depois de termos tido um início de operações muito bem sucedido a 10 de Setembro, isto é indubitavelmente um duro golpe», afirmou Robert Aymar, o director-geral do CERN.
A máquina só voltará a ser ligada na Primavera de 2009.
O LHC, cujo projecto absorve entre 3 a 6 mil milhões de euros da França, Suíça e países parceiros, foi construido para fazer colidir partículas a elevadas velocidades, para fins de pesquisa.
Os dados a ser descobertos nas experiências a realizar com a máquina podem alterar o conhecimento que a Humanidade tem sobre a Física e a criação do Universo, e podem ainda ter aplicações práticas ao nível da produção de energia.
A imensidão e as possíveis implicações do projecto levaram-no a ser apelidado de «experiência científica do século».
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