quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por falar em merda...



do post anterior lembrei ainda: diz o filosofo e poeta: como toda a gente diz: onde há moscas, há merda.... e relembrando o nosso grande poeta Bocage




Cagando estava a dama mais formosa,
E nunca se viu cu de tanta alvura;
Mas vêr cagar, comtudo a formosura
Mette nojo á vontade mais gulosa!


Ella a massa expulsou fedentinosa
Com algum custo, porque estava dura:
Uma carta d'amores de alimpadura
Serviu áquella parte mal cheirosa:

Ora mandem á moça mais bonita
Um escripto d'amor que lisonjeiro
Affectos move, corações incita:

Para o ir vêr servir de reposteiro
Á porta, onde o fedor, e a trampa habita,
Do sombrio palacio do alcatreiro

e ainda


Vai cagar o mestiço e não vai só;
Convida a algum, que esteja no Gará,
E com as longas calças na mão já
Pede ao cafre canudo e tambió:

Destapa o banco, atira o seu fuscó,
Depois que ao liso cu assento dá,
Diz ao outro: "Oh amigo, como está
A Rita? O que é feito da Nhonhó?"

"Vieste do Palmar? Foste a Pangin?
Não me darás notícias da Russu,
Que desde o outro dia inda a não vi?"

Assim prossegue, e farto já de gu,
O branco, e respeitável canarim
Deita fora o cachimbo, e lava o cu.


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